segunda-feira, 9 de março de 2009

Pravda da elite paulista anuncia: não quer reforma tributária

A Folha de São Paulo é um jornal a serviço da elite paulista. A matéria “Estudo aponta sonegação de R$ 200 bi no país” diz que o dinheiro seria suficiente para construir “10 mil CEUs (centros educacionais da Prefeitura de São Paulo com biblioteca, teatro e centro esportivo)”. A comparação é só um ato falho, mas mostra como a Folha é realmente de São Paulo, e está focada nem no estado, mas na cidade. O dinheiro é da União e ninguém na redação da Folha pensa no Piauí, e parecem estar proibidos de falar em Bolsa Família de maneira positiva.
Grande parte das sedes do empresas estão em São Paulo, independente do local de sua produção. Não são as unidades produtivas que sonegam, são as sedes. A reportagem não cita em nenhum momento o peso de São Paulo na sonegação.

Carga tributária e arrecadação do governo
Os jornalistas/economistas do Pravda paulista tentam misturar os assuntos carga tributária e arrecadação do governo. Recordes de arrecadação é a capacidade do governo cobrar impostos dentro da lei estabelecida, e isso é bom, é combate a sonegação. Carga tributária é atribuição do Congresso Nacional que faz as leis. Sempre que o governo bate um recorde de arrecadação vem inúmeras matérias pedindo a redução da carga tributária com base no valor arrecadado. A agressividade contra a capacidade de arrecadação do governo dentro da lei é o ato falho da elite paulista, através de seus meios de comunicação.

Reforma tributária, nem pensar!
E continua com: “a alta carga tributária... é apontada como o principal motivo para o elevado nível de sonegação no Brasil”, sem nem fazer alusão de que o sonegado poderia ser diminuído da carga tributária, ou seja 32% sonegado poderia ser base de cálculo para uma reforma tributária, que dificultasse a sonegação. Em outra matéria a respeito com FIESP, SINDUSCON-SP, OAB-SP e outras organizações da elite paulista, que mais ganha e mais sonega. A Febraban, quieta.

Bancos pagam pouco impostos
Nenhuma palavra sobre a tributação dos bancos, grande anunciantes da Folha e outros veículos, que sonega legalmente. O governo cobra os impostos dos bancos dentro do que estabelece a lei, e a lei diz para os bancos que eles não tem que pagar nada. Uma reforma tributária que fizessem os bancos pagar imposto possibilitaria uma redução significativa na carga tributária do setor produtivo. As matérias também não citam a não renovação da CPMF – Contribuição Provisória sobre Transação Financeira, e a redução temporária do IPI. As matérias são de hoje, 9 de março de 2009.

Nem tudo está perdido
Em compensação, o portal UOL anuncia hoje que “Juros do cheque especial caem pelo 3º mês seguido”. Está a 9,1% ao mês na média, com bancos cobrando até mais de 14% por mês. A Selic está a 12,75%... ao ano.

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