Mundo digital: país ainda é refém de importações

James Görgen / Redação de AMANHÃ

Dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que o Brasil ainda está distante da autossuficiência na produção de bens ligados à tecnologia de ponta

O desempenho da balança comercial brasileira continua sendo puxado para baixo pelo excesso de importações de produtos típicos da era da convergência. Em 2008, as importações de bens ligados aos setores de comunicação, informática e telecomunicações mantiveram déficit em sete segmentos do capítulo de máquinas, equipamentos e peças.
Um levantamento exclusivo produzido por AMANHÃ (veja a tabela abaixo), com base nos dados de janeiro a novembro da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, revela o fosso que separa os produtos do mundo digital de outras áreas em que a indústria brasileira é autossuficiente.
As compras de US$ 11,3 bilhões - equivalentes a 5% do total das importações brasileiras - são motivadas, principalmente, pela irrisória produção nacional de semicondutores, telefones celulares e equipamentos de informática. Ao criar uma política de crédito para acelerar o consumo de bens finais como microcomputadores, o governo federal hesita em formular uma política industrial equivalente para que a produção nacional possa substituir, aos poucos, a demanda por mercadorias estrangeiras.










Comentário do Paraná Brasil: A comparação entre exportação e importação é válida, mas é necessário avaliar o consumo interno, assim os índices da produção local devem aumentar significativamente.