sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

6 cidades concentram 25% do PIB. Temos mais de 5 mil

São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus concentraram 25% do PIB em 2008. As 27 capitais concentraram 1/3 das riquezas produzidas no país.
Pouca coisa mudou nestes dois anos. E o pior: a tendência de mudança é tímida e ao acaso, sem políticas para mudar este cenário de maneira efetiva. É preciso urgentemente rever o pacto federativo brasileiro para melhor distribuição econômica geográfica.
A ideia competição de cidades, de que a cidade tem sempre que crescer, independente do tamanho, ou as bobagens de urbanistas associados à indústria do Metrô, que as metrópoles vão crescer inexoravelmente, matam um dos elementos estratégicos do Brasil, que é o uso de sua dimensão territorial. Não somos uma ilha, como o reino Unido ou Japão sem alternativas. Somos quase um continente.
Temos que usar o crescimento econômico para que cidades de 50 mil habitantes, cheguem a 300 mil, 500 mil, criando novas regiões metropolitanas. Ao mesmo tempo que cidades com mais de 1 milhão de habitantes diminuam.

Clique no gráfico acima para vê-lo inteiro.

Sem mudar esta tendência teremos municípios minguando e poucos inchando. E inchaço não é crescimento!
As cidades e regiões metropolitanas vão crescendo desordenadamente, ficando mais caras, mais violentas, ingovernáveis e altamente poluentes. Cidades com mais de 1 milhão de habitantes, e regiões metropolitanas com mais de 2 milhões de habitantes vão perdendo a proporção humana, até virarem uma coisa em si mesmo, e não locais para as pessoas morarem, trabalharem, divertirem-se, enfim, lugar para viver.
Se não fizermos um planejamento do crescimento econômico de maneira distribuído, iremos nos perguntar, daqui a 10 ou 20 anos, porque não fizemos?


Os dados são do IBGE, segue link da matéria do Instituto:
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1780&id_pagina=1

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