quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Quem colocaria 30 bilhões entre o Paraná e Paraguai?










O projeto de trem de alta velocidade, de passageiros e cargas, entre Assunción, no Paraguai, e Paranaguá, custa cerca de R$ 30 bilhões, com base no preço do trem entre Rio de Janeiro e Campinas.

Custos
Este preço pode ser diminuído, pois o projeto Assunción – Paranaguá tem algumas características mais favoráveis:
  • Evita grandes centros urbanos, o traçado faz parte de outro projeto, de distribuição demográfica do Paraná. A idéia é viabilizar economicamente uma faixa de cidades entre Foz do Iguaçu e Paranaguá, para que cheguem a 100 mil habitantes, ao invés de reforçar o inchaço da região metropolitana.
  • Não tem pouca desapropriação urbana, o que diminui consideravelmente o custo do projeto no item desapropriação e custos de obras urbanas (custos indiretos com trânsito, desapropriações de construções, tempo de construção). A conexão com a Região Metropolitana de Curitiba se dá com o Aeroporto Afonso Pena. O fluxo dos 3,3 milhões de habitantes da região metropolitana fica por conta da estrutura de transporte metropolitano, e é adensada pelo tráfego de passageiros e mercadorias do aeroporto Afonso Pena.
  • Desvio da Serra do Mar por Garuva. Este desvio, além de desenvolver a região, diminu os custos da obra de túneis e viadutos.

Finaciadores
Mesmo reduzindo o valor do projeto, conforme descrito acima, levantar 20 ou 30 bilhões é um empreendimento de fôlego. Mas nada que um país de construiu Itaipu se intimide. Certo é que o Estado não tem condições de fazer hoje este investimento sozinho. Mas num futuro pós-sal, quem sabe? Para isso podemos trabalhar com dois cenários de acordo com a capacidade de investimento do setor público e privado. Na época de Itaipu só havia um cenário.
Mas em ambos cenários é necessário garantir o retorno maior para investidores que anteciparam o começo do empreendimento. Aqui cabe uma diferença entre investidor e financiador. O projeto não procura juros, pois para infra estrutura acaba sendo sempre o BNDES, mas sim investimentos de quem veja na infra estrutura da região um potencial econômico contínuo.
Dentro destas condições, os potenciais financiadores do projeto são:
  • Governo Federal – Minsitério do transporte;
  • Petrosal;
  • Governo do Paraná;
  • Governo do Paraguai;
  • Itaipu Binacional;
  • Fundos de pensão;
  • Bancos, não como finaciadores, mas como organizadores de fundos de investidores, os quais eles mesmos possam participar;
  • Empresas de transporte (aviação, logística, ferroviário, rodiviário)
  • Cooperativas Agrícolas;
  • Consessionárias de Rodovias (o traçado da linha do trem pode ser compartilhado com o traçado das rodovias em grande parte do trajeto. Isto diminui também o impacto ambiental evitando cortes de corredores biológicos, que quando ocorrer será solucionado com elevação dos trilhos;
  • Outros investidores- será criada uma companhia mista: de controle público, pelo caráter estratégico e sua condição binacional, mas com ações na bolsa de valores.

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