Quando a gente se anima, vem a Gazeta com mais um FEBEA-PARaná. A Gazeta do Povo estampou hoje “Montadoras e alimentos fazem PR perder espaço na economia”. O Febeapá é erudito, baseado nas informações do vice diretor de Ciências Socias Aplicadas da UFPR. É misterioso este esforço por uma manchete negativa para o Paraná.Na verdade, montadoras e alimentos fizeram o Paraná dobrar seu PIB em números absolutos, desde 2002, que era de R$ 88.407 milhões. Em 2008 bateu R$ 168.77 milhões! Para comparar o Brasil tinha um PIB de R$ 1.477.882 milhões em 2002, e foi para R$ 2.889.719 milhões. São dados do quadro em anexo à própria matéria, no mesmo jornal, na mesma edição que contradiz a manchete. Se fosse comparável, podíamos dizer que o Paraná dobrou o PIB, tal qual o país. Mas as coisas são mais complexas, meus caros doutores destas ciências, as quais temo por sua aplicação.
O Brasil está distribuindo renda e desenvolvimento, e por isso, estados que contribuiam muito pouco com o PIB nacional, e começaram a ter participação maior. O Paraná é um dos estados da federação com melhor infra estrutura, e por isso, é natural que cresça menos do quem precise. E estes estados para crescer precisam ter estradas e aquelas coisas todas do PAC.
A idéia de concorrer pela particiapção no PIB é o tipo de Besteira que Assola o País, digna do Festival que anima este Blog. Outros estados da federação não “ameçam” a posição do Paraná. A posição do Paraná vai ficar sempre entre Santa Catarina e São Paulo. O Acre, Piauí e Roraima tem que crescer muito mais que o Paraná durante décadas para termos um país mais igual.
Até pilha tem lado positivo
É bom sempre ler tudo, a matéria aborda dois assuntos relevantes, e apesar da falência fraudulenta, é verdade, como foi dito na matéria que podemos crescer mais, ou melhor, podemos crescer diferente:
1 – A proposta do Governo para o Pré Sal evita o já concetrado desenvolvimento econômico do Sudeste do país. É uma proposta muito mais republicana e defende a idéia de federativa.
2 – Falta um projeto para o novo salto econômico para o Paraná. Mas não a industrialização da era Lerner, que era casada com a da desestruturação do poder público.
Na verdade ainda estamos usufruindo de projetos da era Ney Braga. As disputas políticas são sobre quem vai administrar (ou destruir) este legado (Copel, Sanepar, Celepar, parte da estrutura mais moderna do Porto de Paranaguá).
A Ferroeste é uma das instituições criadas recentemente que completam o quyadro de infra estrutra do Estado, mas tem que ter suas ambições ampliadas, aceleradas.
Estas estruturas foram resgatadas nos últimos anos, por isso este é o momento de, a partir destas estruturas, fazer um projeto de futuro.
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