segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cidades de um bom tamanho











Na imagem de satélite, a flecha verde sinaliza Curitiba, com quase 20% dos 10 milhões de paranaenses numa mesma cidade, cercada pela pobreza do Vale da Ribeira, da serra do mar e do litoral.

Dados recentes do IPARDES nos mostra o que já sabemos desde o estouro da boiada na década de 70. As cidades pequenas cidades do Paraná não se sustentam. As grandes colecionam problemas.
Vamos lembrar que o Paraná passou de 299 municípios para 399 na década de 90, por algum motivo que o finado Anibal Cury sabia. Foram criados municípios que não tinham a mínima sustentabilidade tributária. Agora, depois de feito, com as cidades elegendo prefeitos, com Câmara de vereadores fica difícil reverter a situação. O desenvolvimento das cidades pode ser induzido pelo estado através de tributação e obras, e isto quer dizer priorizar cidades.
A inversão que temos na questão tributária é que as grandes cidades e suas regiões metropolitanas, tem vantagens fiscais por ter grandes problemas urbanos. A conta torta é que se a cidade diminui de população, recebe menos dinheiro. Cidades como Curitiba, Londrina e Maringá, junto com suas regiões metropolitanas precisam ter o seu crescimento populacional diminuído, enquanto regiões como o Vale da Ribeira precisam criar alguma metrópole. A divisão do Fundo de Participações dos Municípios precisa de uma reformulação, neste sentido, para induzir um crescimento mais homogêneo no país. Mas o Estado também pode agir neste mesmo sentido, seja com a questão tributária, seja com seus investimentos.
O estado de São paulo, apesar da região metropolitana de São Paulo, que é o maior problema do país, tem muitos municípios com mais de 100 mil habitantes. Isto aconteceu espontaneamente, sem política para iduzir isto, mas precisa ser estudado para entendermos como distribuir melhor riquezas, infraestrutura, tributos e população.

Sobre demografia, o Paraná Brasil tem mais artigos. Veja mais aqui e aqui.

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