A imprensa local é mesmo "ímpar-cial" - uma mistura de ímpar, com luta marcial. Numa matéria da Gazeta do Povo, do principal jornal do Paraná do século passado, temos uma reportagem sobre o projeto do Governo do Estado, deste século, que determina que as propagandas veiculadas aqui sejam feitas em língua local. Para quem não sabe, é o português. Todo mundo, na reportagem, é contra o projeto. Uma coisa muito ímpar... cial.Mas deixando o Jornalismo de lado vamos falar da propaganda, se é que não seja mesma coisa. A dita cuja matéria é "Em português, por favor!"
A maior parte das propagandas que nos atinge no Paraná são feitas por agências de fora. Campanhas nacionais ou internacionais teriam que fazer adaptações ou novas campanhas para atingir os 10 milhões de consumidores do Paraná.
As instituições de propaganda são reflexo do seu próprio meio, que tem uma mente colonizada e adora termos como marketing (vendendo), Out-door (Porta externa), lay-out (colocar fora), criando uma mística sobre as coisas que se faz numa agência. Afinal cobra-se muito mais caro por um lay-out do que por um boneco, protótipo ou modelo.
No nordeste do país - que pasmem, fala português também! - as propagandas da C&A de lá esqueceram o cachê milionário da cantora Fergie, e fizeram sua propaganda com motivos de festa junina. Algum "paraíba", "cabeça chata", brasileiro, que fez a mudança desta propaganda, para atingir o público nordestino, que recentemente passou a ser um importante público consumidor.
A lei aumenta apresentada pelo Governo do Paraná é boa para o mercado local de propaganda, e faz com que se respeite a cultura local. A língua é um dos elementos mais importantes de uma cultura. No caso a portuguesa, para os desavisados.
Ou seja, as entidades das agências de propaganda estão jogando contra as agências locias por pura ideologia. Pois, eles não sabem, mas ideologia também pode ser uma doença também de direita.
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