segunda-feira, 2 de março de 2009

O sino e o pescoço do gato - regulamentação do mercado financeiro

Hoje a Bovespa caiu 5,1%, junto com o resto do mundo. Não é um bom dia para considerações mas como o pregão já fechou mesmo, não custa tentar entender este barulho todo.
Esta propalada crise, não é uma crise de capacidade de produção, considerando aspectos tecnológicos, ou da capicidade de mão de obra, tirando áreas da tecnologia. Também não é uma crise de capacidade de consumo, considerando que os governos estão com uma pauta social democrata, com programas de transferência de renda e compensações econômicas.
Estamos numa crise do sistema de especulação, seguradoras, fundos de pensão e bancos. Os lucros destes setores não são sustentáveis, porque é dinheiro gerando mais dinheiro, distante do consumidor e da produção.
É fato que este poder ainda é grande o suficiente para repassar a seus problemas à economia real, gerando listas de demisssões, que acarretam diminuição de consumo. E aí é a economia real!
Sem contar que parte dos balanços das empresas da econimia real estão comprometidos com o mercado financeiro, apesar deste não ser seu ramo. Afinal o rendimento das aplicações financeiras eram tentadores perto dos 3 a 10% do patrimônio num ano. Muitos deram com os burros n'água, comprometendo até sua folha de pagamento com aplicações que de uma hora para outra perderam 50% do seu valor.
Não dá para negar uma curto circuito no sistema. Mas achar que comprometeu a máquina já é inocência.

Onde está o dinheiro?
Existe muito dinheiro concentrado em bancos, fundos de pensão, e seguradoras, esperando oportunidade de aquisiços de concorrentes.
Claro que seria melhor para todo mundo se os bancos voltassem a sua função social de finaciar a produção e o consumo. Mas eles são bancos e não blogueiros, políticos ou econimistas bem intecionados. Ao invés de se jogarem nesta lógica do poder de produção e consumo, estão todos atrás das trincheiras, esperando um concerrente pediar água.
A régua foi passadano balanços de 2008. O mapa de quem vai vender e quem vai comprar posições do mercado financeiro está aberto.

O Brasil no meio do mundo, mas de ladinho
Quanto à economia real, no Brasil já não há crédito decente à décadas. A China prevê centenas de bilhões de dólares para o consumo interno. A América Latina apesar da estridência da mídia sobre a política, tem consumido cada vez mais. A europa se protege, como sempre, mas não é autosuficiente, como sempre. E os americanos vão consumir menos, mas, vao consumir.
No Brasil, com certeza esta movimentação vai mudar os produtos exportáveis, aumentando o desemprego de um setor, aumentando a empregabilidade de outros. Com resultado menor do que o ano passado. Mas acima do empate das contas. Grande parte da nossa economia gira em torno do mercado interno.

Quem vai colocar o sino no pescoço do gato?
Quanto ao mercado financeiro, fala-se muito em regulamentação. Enquanto o sino e pescoço do gato estão em lugares diferentes, o gato vai pegar os passarinhos que estão voando por aí. Se houver uma regulamentação real, muito dinheiro deve vir para a produção e o consumo. Até agora, tirando as medidas emergenciais, os governantes dos países sede do mercado finaceiro continuam balançando eles mesmo os sino, ao invés de colocar no pescoço do gato.

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