sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

BRASIL, O OITAVO TRANSPARENTE

No mesmo dia da reunião ministerial para decidir contingenciamentos do orçamento 2009, saiu o International Budget Partnership (IBP) estudo de ONG dos EUA colocando o Brasil no 8º lugar, entre 85 países, quanto à transparência do orçamento público.
Ficou fora da lista de 68 governos que não informam seus gastos adequadamente e também dos 51 que informam mal, a ponto de levantar suspeitas de omissão de desperdícios, desvios e corrupção.
No topo da lista, o Reino Unido, seguido por África do Sul, França, Nova Zelândia e EUA, que fornecem informações abrangentes sobre receita e despesa.
Em seguida, o bloco de 12 que dão "informações substanciais" além de abrir mecanismos de monitoramento e cobrança pelos contribuintes - Brasil está neste grupo, o primeiro entre os emergentes Brics e entre os latino-americanos. Detalhe: o Brasil vem logo depois da Noruega e da Suécia, à frente da Alemanha, 15ª colocada no score total.
Para melhorar sua posição, segundo o estudo, conviria ao Brasil divulgar um relatório semestral e criar uma regulamentação adicional para tornar mais efetivo o controle pelos cidadãos.
No bloco seguinte, 27 países que dão "alguma informação", entre eles Rússia e Índia (dos Brics), os vizinhos Argentina, Colômbia e México.
Entre os 16 que se dignam a dar "informações mínimas", Venezuela. E no último bloco, o dos 25 países com muito pouca ou nenhuma informação sobre o uso dos fundos públicos, China e Bolívia. Ausências notadas na lista geral, países importantes como Canadá, Itália, Chile...
No seu site, a ONG comenta que, entre os países mais transparentes, estão Estados desenvolvidos e em desenvolvimento, com a "presença forte da África do Sul, bem como Eslovênia, Sri Lanka e Botsuana (todos fornecendo informações significativas para suas populações), demonstrando que países em desenvolvimento podem obter transparência se houver vontade suficiente dos seus governos de serem abertos e de prestar contas a sua população".

Fraude aumenta
Foi divulgado também nesta segunda, 2 de fevereiro, relatório da consultoria KPMG segundo o qual nada menos de US$ 1,5 bi foi perdido, em 2008, em fraudes identificadas e cometidas durante os dois últimos anos de euforia financeira.
É o maior valor em 13 anos - perdendo apenas para o de 1995. A pesquisa é feita desde 1987. Do total, estima-se que dois terços são cometidos pelo crime organizado e um terço por executivos de empresas.

Copiado de Joemir Beting

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