Troque de carro e saia da crise

Depois da mudança de motorista, os Estados Unidos, ainda na pole position do capitalismo, que continua o mesmo, depois de um pit stop causado pelas barberagens de setembro e outubro, traça o velho circuito: Dinheiro de governo para as montadoras e bancos.

Alemanha
Hoje, segundo a agência Reuters, a Alemanha aprovou "um pacote de estímulo econômico de 50 bilhões de Euros, para investimentos em infra estrutura, cortes de impostos modestos e ajuda à indústria automotiva do país". Na ponta do consumo interno, o governo alemão triplicou a oferta de crédito pra 36,8 bilhões de euros. Se não exportar os automóveis, os alemães podem renovar a frota.

China
Em matéria enrolada o globo.com com base na agência EFE, no contrapé do "me dá um dinheiro aí", deixou vazar que a "montadora alemã Volkswagen informou que suas vendas na China... cresceram 12,5% em 2008..."; e que o ano da crise não foi tão ruim assim: "As vendas globais da Volkswagen no ano passado totalizaram 6,23 milhões de unidades, número 0,6% mais alto que em 2007."
"Fuscão preto, você é feito de Aço" e esperamos que seja aço da Vale do Rio Doce ou da Gerdau.

Japão
A mesma agência EFE informou, também hoje, que o Japão disponibilizará US$ 16,7 bi "para as empresas tiverem um maior peso nas economias regionais" e "as quais o fracasso possa afetar o emprego": não está escrito, mas dá para imaginar que este dinheiro vá parar na cadeia produtiva de automóveis, via bancos.

Brasil
Por aqui, ontem, no Café com o Presidente Presidente, Lula tenta engatar outra marcha, depois de garantir tanque cheio aos bancos, que consomem muito, para tão pouco desempenho no crédito. Diz o presidente: "Agora precisamos cuidar do capital de giro para pequenas e médias empresas brasileiras, grandes geradoras de emprego."
Mas o mundo é uma roda, e no Brasil a estratégia será a renovação da frota, com subsídios para tirar carros velhos das pistas. Modelos veteranos estão com os dias contados no campeonato. Já foram clipadas 3 matérias sobre o assunto, com abordagens diferentes, nas maiores redes de televisões. Coincidentemente estas emissoras de televisão tem bancos e montadoras de automóveis como seus maiores anunciantes.