Zé Alencar foi para onde a usura ainda é pecado. Ele não se importaria de ser usado para um assunto que sempre lhe foi tão caro, nestes terminados e bem vividos 79 anos.
Hoje todos os produtos incluem um custo financeiro exagerado. O exemplo clássico é o preço a vista em 10, 12 vezes, operacionado pelos cartões de crédito que exploram o vendedor e o comprador.
O mercado financeiro inventou uma grande roda que tem que ser girada pela produção e o consumo. Esta roda pesada, que vasa divisas pelo ladrão, ajuda muito menos do que contribui. Com juros de 50% a 150% ao ano, fica claro que é aí que o tiro tem que ser dado.
A Selic, uma referência de juros com relação ao poder público, está alto e em menos de 12%. Ele não é nem remédio nem veneno na relação consumo, produção e crédito.
O crédito, inevitavelmente, vai ficar restrito, até o mercado financeiro ver o que acontece com o Oriente Médio e Japão. Até lá, vão manter a liquidez deles, em detrimento da liquidez do mundo, pra ver se compram um pedaço do PIB alheio, com preço de promoção, promovida por guerras e catástrofes.
José Alencar era sim, um capitalista, mas não a qualquer preço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários serão moderados.