terça-feira, 27 de abril de 2010

O Paraná com complexo de Agamenon

A História é a mais antiga escrita no mundo (ocorrida em XII a.C., escrita em VIII a.C). Um rei grego resolve comprar a briga de um irmão que perdeu mercadoria e a mulher para um troiano. Esparta e Micenas contra Troia. Vence a guerra. Destrói Troia. Os anos seguintes são de tragédias das famílias dos vencedores, e devido ao fim de Troia e não das tragédias, a região litorânea do Mar Egeu, que era de denso comércio, entra em colapso por causa da “vitória” grega. A Grécia demora 4 séculos para reerguer. O Comércio e a riqueza se desloca para as rotas persas.
Avançamos no tempo 3 mil e duzentos anos depois da Ilíada, e alguns milhares de quilômetros a sudoeste, e chegamos ao Paraná.
Estamos nos preparando para uma batalha inevitável, as eleições. Mas se a guerra é certa, está se dando pelos motivos errados. O confronto de ideologias, projetos de como executa-los, de quatro em quatro anos é a melhor maneira de mudar ou continuar com os comandos do Estado. Mas devem ser feitas por motivos maiores do que a simples troca de guarda do tesouro público.
Antes de começar esta “guerra” é bom consultar o oráculo. Na falta de tal instituição podemos apelar para aquela senhora vaidosa chamada conjuntura.
A economia mundial está mudando de eixo. O fluxo de produtos e serviços entre países tem uma perspectiva crescente. Os Estados Unidos deixaram de ser destino inexorável de nossos produtos. Temos alternativa de mercado, caso os EUA patinem mais tempo na sua própria crise. O crescimento do consumo interno dos mercado da Índia, China, Rússia e do próprio Brasil dá lastro ao aumento de produção. Esta é uma conjuntura de 2010, que tem indicativos de continuar em 2011, mas 2012 e 14 o que temos de certo é uma Copa do Mundo. Estamos num momento privilegiado da história, que pode ser aproveitado, porque momento é tempo. E Tempo passa.
O que tem pautado os jornais são brigas de famílias, baseadas em valores pessoais, subjetivas e cifradas demais. Família todo mundo tem, o parece estar em falta são ideias.
O voto de 2010 não vai definir só quem vai sentar na cadeira de governador e nas subsequentes. Vai definir como estaremos em 2014, 2018. Com uma Olimpíadas no meio.
Se continuarmos discutindo o Paraná, a partir das cadeiras, e não o Paraná que queremos – se continuarmos com o Complexo de Agamenon – corremos o risco de sairmos vitoriosos como outro grego: Pirro.

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