Desequilíbrios geopolíticos e econômicos

Em 2006, a renda gerada por apenas cinco municípios - São Paulo (SP), 11,9%, Rio de Janeiro (RJ), 5,4%, Brasília (DF), 3,8%, Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR), 1,4%, ambos - correspondeu a aproximadamente um quarto de toda a geração de renda do País.

Fonte: IBGE

O Brasil 5.564 municípios para 189.612.814 brasileiros. Os 5 municípios agrupados pelo IBGE concentram 25% do PIB, e somam 12% da população brasileira (23.971.188 habitantes).
Se parece desproporcional, considere que esta população quase dobra com as cidades vizinhas que formam suas regiões metropolitanas. (43.171.821 habitantes), mas a contribuição ao PIB diminui com um tanto de cidades dormitórios, e empresas com sedes nas cidades polos.
Temos aí um cenário sinistro sobre as metrópoles, que aumenta significativamente o custo social de cada brasileiro destas cidades, e por outro lado, diminui a viabilidade de municípios de seus próprios estados, além do uso do potencial de desenvolvimento do Norte e Centro Oeste do país.
Piorando a situação, estes aglomerados metropolitanos concentram votos, reforçando o erro do investimento maior onde, inevitavelmente, teremos mais problemas.
Não existe uma política urbana no país para reverter este quadro, ainda que a política da agricultura familiar (e industrialização) e a reforma agrária, ajudam muito, mas não resolvem.